Para se garantir perante a legislação brasileira, empresas devem conferir não só que estão seguindo a lei como seus parceiros comerciais também estão dentro das obrigatoriedades 

Mais da metade das empresas brasileiras (54%) afirma não ter um processo de Due Diligence para terceiros, de acordo com a pesquisa “Maturidade do Compliance Brasileiro”, realizada pela consultoria KPMG. Entre os principais desafios mencionados pelos respondentes, aparecem identificar, avaliar e monitorar os aspectos de Compliance e Regulatório (86%) e integrar o setor de compliance com as demais áreas de negócio (83%).

Para voltar à origem: o termo due diligence significa “diligência prévia”, que visa instaurar processos de pesquisa e análise sobre os parceiros – fornecedores e clientes. O propósito por trás desta medida é simples: descobrir se a empresa está em conformidade com as legislações e exigências feitas pelo governo nas áreas ambiental, social, trabalhista e fiscal.


Quais são os modelos de diligencia?

Os modelos ou metodologias de diligencia são frameworks reutilizáveis que seguem padrões de eficiência para realização de consulta. Contudo, estão sujeitas a adaptações, já que as normas e processos são atualizadas com recorrência. 

É importante frisar que o modelo de diligência deve ser adaptado às necessidades do negócio e da situação. Afinal, por se tratar de um processo verificativo, possui diferentes termos de diligência ou foco em aspectos específicos. 

Confira a lista de modelos e as particularidades de cada um:

Due Diligence Júridica

Avalia questões legais, contratos, documentos, licenças, registros, garantias, processos, litígios, penalidades, responsabilidades ocultas, imbróglios trabalhistas, tributários ou de propriedade intelectual etc.

Due diligence financeira

Avalia aspectos financeiros como demonstrações contábeis, histórico de negociações, fluxo de caixa, dívidas ativas, problemas fiscais e patrimônio.

Due diligence de clientes

Avalia o risco oriundo de clientes. É muito comum no setor financeiro, no qual a regulamentação é especialmente severa.

Due diligence social e ambiental

Avalia os potenciais riscos relacionados a ESG, como impactos ambientais, responsabilidade social, sustentabilidade, governança e conformidade às leis ambientais.

Due diligence reputacional

Avalia os riscos de danos à imagem de uma empresa ou marca para realizar associações com outras pessoas físicas ou jurídicas.

Due diligence de fornecedores

Avalia o potencial risco de parceiros comerciais e os danos que podem surgir a partir de uma negociação com os mesmos.

Due diligence de fusões e aquisições

Avalia previamente as possíveis ameaças decorrentes de uma potencial vinculação entre duas empresas.

Como otimizar o processo manual de diligência de fornecedores

Estudo da Protiviti mapeou que um processo de diligência de um fornecedor leva de 11 a 12 dias. O mesmo estudo aponta que 16,2% dos terceiros apresentam risco médio a alto de corrupção e 31% médio risco. Se o processo de consultas durante uma diligência de fornecedores for manual, os dados sobre situação cadastral ao final do processo podem já estar defasados. Se considerado o ciclo de vida como um todo, desde a cotação até a expedição do pedido, os riscos só aumentam.

Estes fatores são, por muitas vezes, pouco percebidos no dia a dia das equipes e impactam diretamente os indicadores de gestão.

A pesquisa da KPMG mostra que, embora o compliance tenha se disseminado entre as empresas na última década devido à Operação Lava Jato e a Promulgação da Lei Federal 12.846, a Lei Anticorrupção, ainda há um longo caminho na estruturação de uma área capaz não só de garantir que a própria empresa esteja em conformidade com as leis, mas que esteja apta a checar os parceiros comerciais – realizar o background check.

A Lei Anticorrupção institui um dispositivo chamado de “responsabilidade solidária”, permitindo que um parceiro seja envolvido na investigação. Conforme especifica o seu artigo 2º, “as pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não”.

Como criar um processo eficiente de due diligence?

É importante que o próprio departamento de compliance interno esteja estruturado da maneira adequada. Veja oito importantes passos para fazer com que o processo e as iniciativas de due dilligence sejam efetivos no departamento de compliance.

Como utilizar tecnologia antifraude no processo de due diligence

Como a transformação digital está impactando todos os setores, é imprescindível que o compliance também cresça e evolua nesta curva de digitalização. Neste contexto, é importante escolher as ferramentas adequadas e que tenham fácil aderência aos processos de compliance. No caso da diligência prévia, é preciso contar com soluções com tecnologia antifraude, capazes de identificar a situação como um todo dos parceiros comerciais.

A tecnologias antifraude, como a solução de Background Check da Netrin, consulta em tempo real dados públicos e privados e geram relatórios ou chamados dossiês de due diligence para realizar checagens de forma automática de:

    • Consulta de situação cadastral na Receita Federal
    • Realizar a checagem de pendências no Simples Nacional
    • Obter informações da Polícia Federal
    • Consulta de pendências no CADIN
    • Emissão de certidões negativas de débitos federais
    • Emissão de certidões de embargos (IBAMA)
    • Score de Crédito
    • Consulta de processos

Due diligence com Background Check da Netrin, a solução antifraude via API

A plataforma Safe Partner da Netrin é a ferramenta de prevenção a riscos e fraudes ideal para apoiar sua estratégia de diligência de fornecedores e clientes. Fale com nosso especialista e solicite uma demonstração

Respostas de 6