Ser visto pelo mercado como empresa ética e íntegra pode fazer a diferença em negociações comerciais ou no momento da escolha dos consumidores por produtos e serviços
Imagine estar no momento final de uma negociação: de um lado, uma companhia de reputação ilibada, com programa de compliance estruturado e em pleno funcionamento; de outro, uma empresa que se envolveu recentemente em escândalos que mancharam a sua reputação.
Em uma situação na qual o comprador vai além dos aspectos relacionados à qualidade e preço de produtos ou serviços, ampliam-se os critérios de decisão, com a busca pela integridade ganhando um voto decisivo nestes momentos.
As legislações recentes, assim como investigações, como a Operação Lava Jato, mostram a importância de que as empresas façam o compliance de terceiros, também chamado de diligência prévia (due diligence) e background check de terceiros. Ao optar por um parceiro comercial de boa reputação e que conte com departamentos de compliance já em operação, as empresas reduzem um dos possíveis riscos ao qual toda companhia está envolvida, a relação com fornecedores e compradores, valorizando a reputação empresarial.
Toda companhia incorre em riscos da reputação empresarial ao firmar parcerias comerciais. É preciso buscar caminhos para reduzir essas ameaças, investindo em soluções capazes de monitorar a situação de parceiros comerciais perante o fisco (informação disponível em dados públicos), o que pode afetar a imagem empresarial e, ao mesmo tempo, gerar multas e criar outras situações fiscais, como o impedimento de usufruir de créditos de ICMS.
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Não se pode esquecer também das novas exigências dos consumidores. Situações como corrupção, racismo, assédios, más condições de trabalho, aspectos ambientais estão sendo decisivas no momento de efetivar compras. Uma pesquisa global conduzida pela Fleishman Hillard mostrou, por exemplo, que 51% dos consumidores gostariam que as empresas assumissem as medidas de segurança e de saúde adotadas para funcionários e consumidores no contexto da pandemia. Uma demonstração de que esses desafios estão em constante modificação e se tornam diferenciais de compra.
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Valorize a reputação da sua empresa
Contar com programas de compliance, capazes de mapear os riscos aos quais o negócio está envolvido, representa uma espécie de “selo de qualidade”, com foco na ética, que pode diferenciar a empresa em mercados. Dependendo da área de atuação, há necessidade de que a companhia ofereça garantias de atuação preventiva, sobretudo em setores que lidam com players do exterior, caso da área de praticagem, por exemplo.
Para firmar um contrato, o setor de compliance precisa ter autonomia e seguir uma série de regras internacionais: códigos de ética, políticas e procedimentos internos definidos; investimento em treinamentos e comunicação; monitoramento contínuo de riscos; implantação de ouvidoria; estabelecimento de medidas disciplinares, entre outras exigências possíveis. Muitos destes contratos contam com cláusulas de rescisão para o caso de violações éticas.
É de bom-tom ter total conhecimento de sua cadeia de fornecedores. Qual a origem da matéria-prima? Qual a mão de obra empregada? Essas são duas perguntas-chave em muitos setores, especialmente em um mercado globalizado. O valor das mercadorias é um aspecto fundamental no âmbito da competitividade, mas a que preço? Desconhecer a cadeia de suprimentos pode resultar em perdas de imagem (e financeiras), visto que a empresa se beneficiou de potenciais irregularidades.
Da mesma forma, a constante evolução e mudanças globais exigem ajustes nas soluções adotadas pelas empresas e o seu monitoramento contínuo. Um exemplo é o uso do Big Data nas empresas e as novas leis que estão sendo criadas para estabelecer regras, caso da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entre as modificações, estão os mecanismos para evitar vazamentos dessas informações, necessidade de consentimento do cliente, entre outras mudanças que exigem adaptações por parte dos negócios.
No início, os departamentos de compliance tinham o foco unicamente legal, mas, aos poucos, estão tendo suas funcionalidades ampliadas, estendendo-se para o foco também na ética, integridade e reputação graças às exigências em constante transformação.