A sigla ESG vem do inglês, significa Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança. Entenda tudo sobre a adoção de práticas ESG e o impacto na gestão de dados sobre clientes e fornecedores
O que é ESG?
“ESG não é mais uma escolha” – Esta frase foi dita por Matthew Govier, diretor executivo da Accenture Strategy na América Latina em entrevista ao podcast Entre no Clima.
O ESG, sigla para Environmental, Social and Governance pode ser traduzido como uma série de boas práticas ambientais, sociais e de governança dentro das empresas. O termo ESG é uma forma de descrever o desenvolvimento sustentável de um negócio.
Quando surgiu o termo ESG?
O termo ESG é foi difundido em 2004, depois de uma iniciativa da ONU com 20 instituições financeiras denominada “Who cares Wins” (Quem se importa vence). A conferência apresentou o conceito, orientando os principais atores que incluíssem a avaliação de princípios ESG em suas análises de investimentos.
Segundo o Google Trends, ferramenta que mede o volume de pesquisas sobre determinados termos de mercado, o Brasil obteve um crescimento repentino na popularidade do termo nos últimos dois anos, alcançando o pico de 99 pontos, o que representa um volume de pesquisas 12 vezes maior do que em 2019 (8 pontos).
Quais são os pilares do ESG?
Basicamente o ESG possui 3 pilares, sendo:
- Environmental (E): Meio Ambiente
- Social (S)
- Governance (G): Governança
Environmental (E): Meio Ambiente
A letra E da sigla ESG está ligada a melhores práticas relacionadas ao meio ambiente. Ou seja, para cumprir este pilar é necessário que, dentro da empresa, existam iniciativas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, como:
- Consumo de energias alternativas (ex: utilização de painéis de energia solar);
- Redução de emissão de poluentes e desmatamento;
- Descarte de resíduos;
- Economia circular e colaborativa, entre outras iniciativas.
Social (S)
Este pilar refere-se ao relacionamento da empresa com seus clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros, estendendo-se à comunidade e o setor onde a empresa está inserida. Dentro deste pilar, algumas iniciativas em comum são:
- Pesquisas de satisfação de clientes;
- Diversidade e inclusão;
- Políticas de relação com fornecedores;
- Promover a segurança de dados.
Governance (G): Governança
O terceiro pilar, a Governança, está associado diretamente à forma como a empresa é administrada, seus processos, liderança, fluxos de trabalho e organização financeira. Neste pilar, listamos alguns exemplos de iniciativas relevantes:
- Estar em dia com obrigações acessórias e em dia com o fisco;
- Estar em dia com as leis trabalhistas;
- Código de ética e transparência;
- Diversidade na liderança;
- Mecanismos de compliance e gestão de riscos, políticas antifraude;
- Controle de circulação de dados nos sistemas da empresa;
- Estratégias de gerenciamento de dados mestres;
Qual a relação de práticas ESG com a governança de dados mestres?
As práticas de MDM (Master Data Management) ou gerenciamento de dados mestres têm sido aplicadas e difundidas em todo o mundo. Além de ser uma boa prática de prevenção a riscos e fraudes, a disciplina de dados mestres é a forma mais adequada de garantir a uniformidade, precisão, administração, consistência semântica e responsabilidade dos ativos de dados mestres oficiais da empresa
Como o objetivo é distribuir a mesma informação para todos os sistemas da empresa, as áreas de negócio e TI trabalham juntas neste objetivo.
Após a ampliação do uso de dispositivos móveis e o alto volume de cibe ataques, a prática de gerenciamento de dados mestres tornou-se fundamental, principalmente para empresas com alto volume de clientes e fornecedores que atuem com multicanais.
Logo no discurso de abertura do SAP Now 2021, a presidente da SAP na América Latina e Caribe, Cristina Palmaka, citou a temática de governança do conceito ESG. A SAP, uma das líderes em ERP no país, promove os pilares ESG em todas as suas frentes e reforça como a utilização da tecnologia aliada ao uso de iniciativas de automação e vantagens do uso de background check e IA são grandes aliados da boa governança.
“As tecnologias de proteção de dados fazem parte da boa governança e gestão empresarial. A tecnologia é um grande habilitador: ao trazer automação e eliminar tarefas repetitivas, podemos liberar um potencial humano e incrível das pessoas”, disse Adriana Aroulho, Presidente da SAP Brasil em entrevista à Agência SAP Now.
Governança de dados: por onde começar?
A governança de dados é o processo de gerenciar informações digitais de forma eficaz, segura e completa de seus parceiros de negócio, sejam eles clientes, fornecedores ou colaboradores.
Ao adotar processos e mecanismos que protejam a informação em todo o ciclo de vida de cada um dos stakeholders, sua empresa garante uma boa governança de dados. No entanto, quando falamos em governança, é primordial que os dados sejam precisos e a informação a ser protegida seja, no mínimo, confiável. Sendo assim, alguns passos iniciais podem ser tomados em direção a uma boa governança de dados:
Limpe a sua base de dados
Ao mesmo tempo que a rápida evolução da conectividade e diversas facilidades tecnológicas trazidas por startups em todo mundo, como aplicativos de mensagem instantânea, CRMs, ERPs e outras soluções especializadas, favorecem as empresas nos, fornecem diversos canais de informação, o que pode ser um perigo a longo prazo.
Se uma empresa com diversos silos de informação não possui uma solução de checagem e conferência constante de dados, esses podem se perder. Uma empresa sustentável e inteligente mantém os dados sempre seguros e atualizados, coerentes com a realidade e de acordo com as fontes de dados oficiais.
Portanto, para começar, realizar a primeira checagem completa com o saneamento de dados cadastrais ou a higienização de dados de cadastro é a medida corretiva mais adequada nestes casos, principalmente para empresas que estão em fase de transição ou implementação de um novo ERP, por exemplo. Uma ferramenta de saneamento cadastral pode conferir em massa centenas de milhares de dados, de uma só vez, em diversas fontes públicas de dados.
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Mapeie e padronize os processos de checagem de dados
A maioria das empresas realiza checagens de compliance no início do cadastro do cliente, fornecedor ou colaborador e antes das emissões de pedidos de venda ou compra.
No entanto, quando há um novo pedido ou faturamento, muitas vezes os dados precisam ser conferidos novamente. Estas atividades podem gerar retrabalho e processos 100% manuais, aumentando o risco de erros. Isto se estão sendo mesmo conferidos. Pesquisas apontam que mais de 75% das empresas estão com suas bases de dados desatualizadas.
Trabalhar com um processo de checagem de dados padronizado gera confiança nas áreas sobre os dados que estão circulando na companhia.
Utilize automação para tarefas repetitivas
Se sua empresa trabalha com diversos sistemas de dados, uma automação via API que realize a comunicação de dados entre eles é a garantia que pelo menos 90% dos estão iguais e são confiáveis.
Iniciativas relacionadas a automação, RPA (automação de processos) e o uso de APIs estão entre as principais iniciativas de ESG relacionadas a governança e tecnologia. A automação de tarefas repetitivas, além de reduzir os riscos de falhas humanas, libera as equipes para ter foco no que realmente importa.
Por exemplo: se sua empresa faz parte do segmento agrícola, precisa garantir que esteja lidando com fornecedores, produtores rurais e clientes que estejam em dia com os órgãos ambientais. É fundamental conhecer e definir metas de compliance em empresas deste segmento, principalmente após o recente alerta da ONU na COP26, para garantir relações de confiança com empresas sustentáveis. Nestes casos, uma automação pode realizar estas checagens sem intervenção humana, acelerando processos e mitigando riscos nas relações.
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Quais vantagens uma empresa tem ao adotar práticas ESG?
Listamos 3 principais motivos pelos quais sua empresa deve adotar boas práticas de ESG. Veja abaixo:
1. Prevenção a riscos fiscais, fraudes e falhas humanas
As práticas ESG relacionadas a governança, como um todo, otimizam recursos em diversas frentes, incluindo a utilização de tecnologias para prevenção a riscos. Se os processos administrativos, contábeis e fiscais estão bem mapeados, sua empresa facilita a entrega de obrigações acessórias e previne riscos de denegação de notas fiscais, riscos de retrabalho e falhas humanas em operações de análise fiscal e cadastral, entre outros.
Vale reforçar: o uso de tecnologia é indispensável para se obter uma boa governança em todo o negócio.
2. Atração de novos investidores
A principal motivação para a criação dos pilares ESG foi a incorporação de novos princípios nas análises de investimentos financeiros. Sendo assim, ao garantir que os princípios ambientais, sociais e de governança estejam aplicados na sua empresa e principalmente, ao tornar isso público para o mercado, a tendência é que a sua empresa faça brilhar os olhos dos investidores de todos os lados e conquiste bons resultados.
3. Aumento de produtividade e lucratividade
Além de atrair novos investidores, os pilares do ESG estão diretamente ligados a redução de custos. Investir em soluções que aumentem a produtividade dos seus times afeta diretamente a redução de custos, funcionários engajados e muito mais.
Além disto, os consumidores também irão se identificar com empresas que preservam estes pilares, uma vez que promovem o bem estar da sociedade como um todo, consequentemente, aumentando a reputação da sua empresa no mercado com compliance.
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